sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Salvador: Mobilidade Urbana e o Impacto na Vida dos Evangélicos




Eles também chegaram aqui. Sim, estou falando dos engarrafamentos quilométricos, muito comuns nas maiores capitais do Brasil. Como consequências disso a vida dos soteropolitanos vem sofrendo grandes mudanças. Por exemplo, quando se vai comprar um apartamento ou uma casa, a acessibilidade do local se tornou item importante a ser verificado. A escolha da escola dos filhos, da faculdade são situações que exigem que as pessoas pensem sobre o trânsito. Mas não param por aí as mudanças na rotina dos moradores de Salvador. O trânsito caótico de Salvador também tem interferido na escolha, por parte dos evangélicos da igreja em que frequentar.

O trânsito de Salvador tem feito algumas, e não poucas, pessoas deixarem de freqüentar as igrejas localizadas nas principais avenidas de Salvador, que aqui denomino de “igrejas centrais”, e ao invés disso estão buscando igrejas menores próximas as suas residências. O aumento do tráfego, a demora para se chegar a algum lugar, seja de carro ou de ônibus, o horário de término dos cultos têm impossibilitado estas pessoas de freqüentarem os cultos de suas igrejas durante a semana, ficando apenas os domingos livres para se cultuar a Deus. Mas o problema é que nem todos, principalmente os mais experientes, querem ir à igreja a penas aos domingos, pois sentem a necessidade de estarem mais próximos da comunhão com os irmãos, sendo alimentados pela ministração da palavra e fortalecidos pela oração coletiva. Com isso algumas pessoas estão deixando de freqüentar as igrejas centrais de Salvador e se voltando para as igrejas de bairro. Claro que isto não atinge a todos, se não, estas igrejas já estariam vazias. Mas a cada dia aumenta o número de pessoas que não suportam mais enfrentar horas no trânsito para ir ao culto, principalmente durante a semana, e assim migram para as igrejas localizadas nos bairros em que elas residem. O resultado disso é o crescimento das igrejas de bairro e o aumento do número delas.

Os integrantes deste êxodo são na maioria das vezes crentes já experientes, que possuem a sua fé resolvida e não “dependem” da placa da Igreja para continuar a servir a Deus. Com isto eles ganham em qualidade de vida secular e, em algumas vezes, em qualidade de vida cristã, pois algumas igrejas, por terem muitos membros, não possuem um atendimento pastoral de qualidade. São muitas “ovelhas” para poucos pastores. Há quem de diga que para cada 100 membros a igreja deveria ter um pastor. Já no caso das igrejas de bairro isso tende a melhorar, pois em sua maioria, possuem menos membros que as igrejas centrais, o que permite em tese, um melhor atendimento dos fiéis.
Cabe nesse momento uma reflexão por parte dos líderes das igrejas centrais de forma a reduzir este verdadeiro êxodo.

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